Que desgraça de tanto tiro… Simbora daqui, pelo amor de Deus!

São as balas das espingardas bate-bucha zunindo nos ouvidos da volante. Na terceira investida do Exército sobre o Arraial de Canudos, o coronel Moreira César é atingido mortalmente.

Apesar de armados com fuzis, os 1,2 mil soldados do governo sucumbem à fé e à fúria da jagunçada e, ante a perda do seu comandante, resolvem debandar como diabos fugindo da cruz. É nesse momento que o Coronel Tamarindo, que assume a tropa, profere a frase famosa.

É tempo de murici… Cada um cuida de si…

Mais de cem anos depois, detalhes daquela fuga, um dos capítulos mais marcantes da Guerra de Canudosentre novembro 1896 e outubro de 1897 – são relatados com entusiasmo pelo poeta e guia turístico José Américo Amorim, 47 anos. Desta vez, o poeta está especialmente empolgado. Não é todo dia que se tem a oportunidade de contar essa história estando com os dois pés sobre o território da Canudos Velha, a pouco mais de 400 quilômetros de Salvador. Estamos no local exato onde, após uma quarta investida, o povoado construído por Antônio Conselheiro foi dizimado.(Correio da Bahia)

 

Redação do chorrochoonline.com

Fonte: Medeiros.com.br