Coreia do Norte confirma teste com míssil; Biden alerta para 'consequências'
26/03/2021 17:31
Segundo regime norte-coreano, testes foram conduzidos com projéteis guiados com motor de combustível sólido. Pela tarde, o presidente dos EUA disse que o governo de Kim Jong-un sofrerá consequências se ampliar a hostilidade entre os dois países.
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A Coreia do Norte confirmou nesta sexta-feira (26) (horário local) o disparo de míssil feito nesta manhã que tinha sido detectado por militares sul-coreanos. O regime de Kim Jong-un detalhou que os testes foram feitos com um novo "projétil tático guiado" com motor de combustível sólido.
Em nota, a agência estatal de notícias KCNA disse que o teste, bem sucedido, foi "de grande importância para melhorar as capacidades militares do país".
Além disso, dias antes, representantes da Casa Branca afirmaram que o regime tinha feito testes no fim de semana com mísseis não balísticos que teriam sido os primeiros desde a posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos.
Biden, inclusive, alertou nesta tarde o governo norte-coreano sobre uma possível escalada das tensões com os EUA ou aliados regionais da Casa Branca, como a Coreia do Sul e o Japão.
"Haverá resposta se eles escolherem escalar [as tensões]. Vamos responder apropriadamente, mas também estou preparado para alguma forma de diplomacia", alertou Biden.
O regime norte-coreano disse na semana passada que vai ignorar qualquer tentativa de contato feita pelos Estados Unidos enquanto Washington não abandonar o que chamou de "política hostil". E a irmã de Kim Jong-un, Kim Yo-jong, também advertiu os EUA a não "espalharem cheiro de pólvora" na Península Coreana.
O Conselho de Segurança da ONU, por meio de suas resoluções, proibiu a Coreia do Norte de desenvolver mísseis balísticos — o país possui armamento nuclear.
Porém, sob a liderança de Kim Jong-un, o governo norte-coreano desenvolveu a tecnologia e testou mísseis capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos em 2017, ano em que a relação entre os dois países se deteriorou.
A aproximação ensaiada entre EUA e Coreia do Norte no governo de Donald Trump em 2018 acabou se estagnando no ano seguinte, após as duas partes não conseguirem dar seguimento a um acordo.No início deste ano, dias antes da posse de Biden, o regime norte-coreano exibiu armas em um grande desfile militar na capital Pyongyang.