HISTÓRIA DE CANUDOS-BA.

14/02/2013 18:49

 

Canudos é um município brasileiro do estado da Bahia. Localiza-se a uma latitude 09º53'48" sul e a uma longitude 39º01'35" oeste, estando a uma altitude de 402 metros. Sua população estimada em 2008 era de 15.655 habitantes, dos quais a metade vivia na sede. O município possui uma área de 3.210 km². Encontra-se inserido no Polígono das Secas e no vale do rio Vaza-Barris.

Outras informações:
Dens. Demográfica: 4,95 hab/km²
Altitude: 402 m
Bioma. Caatinga
Eleitorado: 10.655 eleitores
PIB Per capta. 2.716 reais
DDD: 75
CEP: 48520-000

A atual Canudos é a terceira Canudos da região. A primeira surgiu no século XVIII às margens do rio Vaza-Barris, como uma pequena aldeia nos arredores da Fazenda Canudos. Com a chegada de Antônio Conselheiro e seus seguidores, em 1893, o lugar foi rebatizada para Belo Monte, e passou a crescer vertiginosamente. Calcula-se que no seu auge em 1897 contasse com 25.000 habitantes, sendo destruída pelo Exército durante a Guerra de Canudos (1896-1897). A segunda Canudos surgiu por volta de 1910, sobre as ruínas de Belo Monte. Seus primeiros habitantes eram sobreviventes da guerra. Depois de uma visita do presidente Getúlio Vargas, em 1940, decidiu-se construir um açude no local. Em 1950, com o princípio das obras de construção da barragem que inundaria o vilarejo, os habitantes começaram a sair, partindo para outras localides da região, principalmente Bendegó, Uauá, Euclides da Cunha e Feira de Santana. Além disso, um novo vilarejo formou-se aos pés da barragem em construção, numa antiga fazenda chamada Cocorobó, a 20 km da segunda Canudos. Com o término das obras, a segunda Canudos desapareceu por sob as águas do açude de Cocorobó em 1969. O vilarejo de Cocorobó emancipada politicamente em 25 de fevereiro de 1985 e, aproveitando a fama do nome, foi rebatizada de Canudos, tornando-se assim a terceira cidade com este nome.

Entre 1994 e 2000, as ruínas da segunda Canudos puderam ser vistas no interior do açude, nas épocas de seca.

local propicia uma vista deslumbrante do alto da barragem do açude, onde a paisagem, de um vasto verde e repleta de algarobas (árvores que servem à alimentação dos animais), é um verdadeiro convite a passeios e piqueniques. O visitante ainda pode se deliciar à margem do Perímetro Irrigado, onde um canal originário do açude funciona como uma piscina de águas térmicas naturais; o banho é revigorante. No local, foram instalados alguns chuveiros e um barzinho que, nos fins de semana, serve um delicioso peixe frito e o típico bode assado. O Jorrinho, como é chamado, fica a apenas 3 km da sede.

Região demarcada que corresponde ao local onde aconteceram as diversas batalhas e os combates, durante a guerra. O Parque Histórico de Canudos é uma reserva ecológica e histórica com área de 1.300Ha. Lá há ainda sítios históricos como o Riacho da Umburana, por cujo leito seco as tropas republicanas se deslocavam para Canudos, vindas da cidade de Queimadas, para evitar cruzar a caatinga. Serra do Cambaio, local onde aconteceram lances heróicos, Serra do Angico próxima ao local da sepultura do Coronel Tamarindo e onde morreu o Coronel da 3ª expedição Moreira César. Também próximo a serra do angico esta o povoado do Rosário, antiga fazenda onde as tropas federais descansavam e se abasteciam de água. Outros locais que fazem parte do parque são: Vale da Morte, palco de mais um combate, onde estão enterrados muitos corpos dos combatentes e a lagoa de cipó, que ficou conhecida como lagoa de sangue. Contam que por lá morreram mais de 300 jagunços.

A grande obra de Canudos feita pelo DNOCS  foi o Açude Cocorobó foi construído em 1967 com a finalidade de regularização de vazões ( vazão regularizada de 2,4 m³/s ), é fonte de suprimento do Perímetro Irrigado Vaza-Barris e de abastecimento d’água para a Sede do Município de Canudos, para povoados e aglomerados humanos, localizados rio abaixo nos municípios de Canudos e Jeremoabo, como também áreas de irrigação privadas em um trecho de aproximadamente 90 Km, sendo que estes municípios estão entre os mais castigados pelas estiagens no semi-árido baiano.

As condições adversas do clima e da pobreza na região levaram, no início do século passado, a população local, sob a liderança de Antônio Conselheiro, a estabelecer um movimento de protesto, que passou para a história como “A Guerra de Canudos”.

A barragem de Cocorobó foi estudada e construída a partir da reivindicação de um chefe político local, o Coronel Canário, feita ao então Presidente Getúlio Vargas quando este visitou o antigo povoado de Canudos, em 1945.

O local selecionado para implantação da obra, embora o mais indicado do ponto de vista geológico, morfológico e estrutural, devido as proximidades de um falhamento tectônico de grandes proporções existente a jusante, motivou, após o enchimento do lago, a submersão do sítio histórico e a remoção prévia de seus habitantes para a Vila Nova de Canudos, hoje Sede do novo Município de Canudos.

O crescimento e o desenvolvimento da região de Canudos obtidos a partir dos investimentos feito pelo DNOCS, podem ser facilmente ressaltados pela melhoria obtida no padrão de vida e na renda média da população.