Maduro presta juramento como presidente da Venezuela e Presidenta Dilma o comprimenta em cerimônia
Em meio aos protestos e às denúncias de irregularidades nas eleições, chavista ainda teve discurso na Assembleia Nacional interrompido por invaso
Nicolás Maduro toma posse como presedente da Venezuela - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
O herdeiro político de Hugo Chávez, Nicolás Maduro, prestou juramento nesta sexta-feira como novo presidente da Venezuela para completar o mandato até 2019. A cerimônia foi acompanhada por vários presidentes sul-americanos, que mais cedo demonstraram apoio ao chavista, em uma reunião extraordinária da Unasul (União das Nações Sul-Americanas). E ocorreu depois de o Conselho Nacional Eleitoral autorizar uma auditoria dos votos das eleições realizadas no último domingo.
O discurso foi interrompido por um homem que driblou a segurança na Assembleia Nacional e tomou o microfone das mãos de Maduro, depois de passar inclusive pelo chefe do Legislativo, Diosdado Cabello. Maduro reclamou da situação. "A segurança falhou totalmente, podiam ter me dado um tiro aqui facilmente".
Dilma Rousseff cumprimenta Nicolás Maduro durante cerimônia de posse, em Caracas
Convidados - Maduro finalizou seu discurso dizendo que "esperar levar adiante com dignidade os sonhos de Hugo Chávez". Os presidentes de todos os países integrantes da União das Nações Sul-Americanas estavam presentes, com exceção de Sebastián Piñera, do Chile, que não viajou a Caracas porque tinha "compromissos inadiáveis". O grupo é formado por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Uruguai. O Paraguai está suspenso desde o ano passado.
Além de Dilma Rousseff, da argentina Cristina Kirchner, do boliviano Evo Morales, e do uruguaio Jose Mujica, também foram à capital venezuelana o iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o cubano Raúl Castro.